Em visita à velha cidade de Lyon, patrimonio UNESCO, encontro este patio renascentista muito bem restaurado e aberto ao publico para mostrar que as cores dos pigmentos naturais na caiação tem um charme proprio. Os pigmentos naturais como as terras colorantes devem ser utilizados em proporção não superior a 20% sendo capazes de conferir uma vasta gama de vermelhos, laranjas, ocres e verdes que uma vez misturados à cal e permitem os tons subtis que se vem na Europa antiga. Embora se consigam tons fortes com pigmentos, geralmente estes quando adicionados à cal "esbatem-se" numa paleta suave, pouco comum. A moda do "berrante" hà de ter um final...
Em Portugal a recolha de terras colorantes perdeu-se, utilizando-se ainda os pigmentos minerais, como o oxido de ferro, os quimicos como o azul ultramarino e o ocre e que se podem adquirir nas drogarias, de preferência no comércio tradicional.
Aconselham-se ensaios prévios antes de se lançar na caiação com cores: caiar com pigmentos pode trazer algumas surpresas, pois é no pos-secagem que o resultado é definitivo! Por outro lado é quase impossivel repetir uma cor, sendo importante fazer a quantidade desejada de uma so vez e aplicar um mesmo dia. Atenção que todos os cuidados a ter na caiação a branco, são ainda mais importantes de respeitar na caiação a cores. Se tiver duvidas, não hesite em escreve-las para domus.mater@sapo.pt procurarei responder-lhe com brevidade.
A reabilitação é uma questão tão antiga quanto os edificios eles mesmos, em todos os tempos se procederam a reparações garantindo a sua perenidade. No entanto os tempos modernos e a introdução de materiais incompativeis e pouco apropriados como o cimento e as tintas plasticas autorizou danos dificlmente reparàveis. Aqui, exemplo de correção de um reboco de cimento abusivamente aplicado na fachada deste edificio do séc. XVIII, com o intuito de fazer perspirar as paredes, aplicando posteriormente a esta remoção, um reboco com cal naquela faixa. Antes da obra, no interior dos compartimentos surgiam manchas até 1 m de altura! Os proprietàrios Bernand e Anick gostariam de reaver a sua fachada integralmente rebocada a cal mas por enquanto começam pelo imprescindivel! Infelizmente exemplos destes repetem-se ainda nos dias de hoje, perdurando a ignorância e a falta de sensibilidade para com as velhas paredes e os pequenos detalhes tão importantes que comprometem o conforto e a continuidade do edificado com valor patrimonial. Visita à Aldeia do Mas d'Azil, Ariège em França.
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